2006-11-25

A Exuberância da Calma



Os meus frutos foram retirados do sotão,
onde embrulhados em panos,
esquecidos, estavam a apanhar pó.
Agora estão expostos ao mundo,
aos olhares críticos de quem os observa,
mas deixei-os lá sem esperar comentários,
virando as costas e deixando-os à deriva.
Calmamente os irei buscar,
depois de rejeitados por quem não os quiz levar,
voltarão para mim, para meu controlo de escolha,
poderei levá-los para o mesmo sítio
para ficarem novamente esquecidos,
ou pensar num lugar,
onde possam ser observados
.